Indice/Marcadores


quinta-feira, 10 de setembro de 2009

JOAO PESSOA - POLITICO PARAIBANO


João Pessoa Cavalcanti de Albuquerque nasceu na cidade de Umbuzeiro, Paraíba, no dia 24 de janeiro de 1878.

Estudou no Liceu Paraibano, em João Pessoa, capital do Estado, na época chamada também de Paraíba.

Em 1894, entrou para o 27o Batalhão de Infantaria da capital paraibana, seguindo depois para o Rio de Janeiro, onde, em 1895, ingressou na Escola Militar da Praia Vermelha. Acusado de revolucionário, não pôde terminar o curso, sendo desligado da instituição e enviado para a cidade de Belém, no Pará, como soldado raso, sendo excluído do Exército, por incapacidade física.

Em 1899, foi nomeado escrevente da Faculdade de Direito do Recife, onde se matriculou e concluiu o curso em dezembro de 1903.

Exerceu a advocacia e as funções de professor e delegado do ensino no Recife até 1910, quando resolveu mudar-se para o Rio de Janeiro, sendo nomeado como representante da Fazenda nos processos de desapropriação para o melhoramento dos portos brasileiros.

Após ser aprovado em concurso público para a Justiça Militar, foi nomeado, em 1918, auditor da Marinha e, em 1919, ministro do Supremo Tribunal Militar.

Foi eleito pelo Partido Republicano da Paraíba, presidente daquele Estado, no dia 22 de junho de 1928 e empossado três meses depois.

Em dois anos de governo, João Pessoa combateu a sonegação de impostos e o mau uso do dinheiro público, restaurou a economia paraibana, estimulou a agricultura e a indústria, abriu a Av. Epitácio Pessoa, na capital e diversas estradas no Estado, construiu pontes e o Porto de Cabedelo, entre outras obras.

João Pessoa era sobrinho de Epitácio Pessoa, que foi presidente da República de 1919 a 1922 e sobrinho-neto do Barão de Lucena, presidente da província de Pernambuco (1872-1875) e ministro do governo de Deodoro da Fonseca (1889-1891).

Em 1929, negando-se a apoiar a candidatura situacionista de Júlio Prestes à Presidência da República, foi indicado pela Aliança Liberal como candidato à Vice–Presidência da República, em oposição ao Governo Federal, na chapa encabeçada por Getúlio Vargas e articulada pelos estados de Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Sendo derrotado, enfrentou rebeliões na Paraíba, como a do município de Princesa, comandada pelo coronel José Pereira, que apoiava Júlio Prestes. Ordenou a invasão, pela polícia paraibana, de escritórios e residências de suspeitos de receptar armamentos para os rebeldes, conseguindo abafar a rebelião.

Numa dessas invasões, na casa de João Dantas, um aliado do coronel José Pereira, foram encontradas e divulgadas pela imprensa da Paraíba, correspondências íntimas trocada entre Dantas e sua amante, o que causou um grande escândalo na sociedade paraibana.

Pouco depois, no dia 26 de julho de 1930, em viagem ao Recife, João Pessoa foi assassinado por João Dantas, com dois tiros à queima roupa numa confeitaria da cidade.

O fato teve uma grande repercussão no Brasil, motivando muitas manifestações populares e é considerado como um dos fatores que desencadearam a Revolução de 1930.

O corpo de João Pessoa foi trasladado pelos líderes da Aliança Liberal para o Rio de Janeiro onde foi enterrado.

Em setembro de 1930, durante o governo de Getúlio Vargas, a capital do estado da Paraíba passou a chamar-se João Pessoa. (Fonte: Fundação Joaquim Nabuco)

Nenhum comentário: